[Tive muitos sonhos, com viagens à Tailândia e sequestros; refeições com amigos numa taberna onde serviam petiscos; roupa estendida que com a força do vento se foi soltando...]
O despertador toca às 6h20. Como sempre, pego nele e coloco-o na cama, ao alcance de um dedo. Acabo por me levantar às 6h55 e dar início ao ritual: copo de água, banho, televisão na SIC Notícias, pequeno-almoço, acordar o J., televisão na 2, pequeno-almoço do J. (sabe que eu faço anos, mas “falta o bolo, mãe!”), secar o cabelo, maquilhar, deixar a roupa para o J. aos pés da cama para o pai vestir, vestir-me, sair de casa a correr, apanhar a rodoviária, apanhar o metro, ler um excerto da “Filha do Capitão” (sim, ainda...), mudar de linha de metro, apanhar a carris e por volta das 9h chegar ao trabalho e afogar-me num dia particularmente agitado.
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada.
Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
(...)”
António Gedeão